O que há na quadrangular feira de livros é um mar calmo de Che Guevara, Fidel Castro, revolução e Ernest Hemingway, além dos toques de santería e mitologia. Dois dos mais eletrizantes autores cubanos contemporâneos estão fora das estantes. Com um detector de malícia, o livreiro continua: "Até que Cabrera, depois de morto... Ainda se acha, mas é difícil. Tenho um outro aqui, preste atenção: Leonardo Padura Fuentes". Oferece o livro "Adiós Hemingway & La cola de
Os pensamentos mais desregrados ainda pedem Cabrera Infante, rememoram suas cravadas históricas na jugular dos revolucionários de 1959. Sente-se sua evocação do poeta Federico García Lorca, na porta do Hotel Inglaterra, paralisado com a chuva caribenha - a abertura das "cataratas do céu". Cabrera: o calor de seus libelos, os jogos verbais, o manejo irônico dos substantivos. O exilado e suas obsessões.
O autor de Três tristes tigres, Mea Cuba e Havana para um Infante Defunto, sepultado no exílio londrino, em 2005, continua a se contorcer na narrativa que vinga uma cidade perdida, arruinada e esvaziada em seus 40 anos de ausência. Defunta desde que partiu de Cuba, definitivamente, em 1965. Viera enterrar a mãe e renunciar às funções diplomáticas na Europa. Terminou preso. A última prisão.”
Claudio Leal, Terra Magazine / Foto: Claudio Leal
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