E por falar em saudade

Para alguns, o brasileiro é demasiado saudosista. Não é culpa nossa se a língua portuguesa - ou brasileira, como a chamam na França - é a única a possuir a palavra "saudade". Não é como o "tu me manques", que fala de sentir falta. É saudade. Fácil de entender e difícil de explicar.

Daniel Cariello, LMD Brasil

É clichê, mas irresistível. Ir ao Brasil é sinônimo de crônica de viagem. Crônica de trajeto de viagem, talvez. Cada detalhe tem um significado diferente quando o caminho tomado é o caminho da casa que você não vê há tempos. Da sobrinha que já fala mais do que a Emília. Da cidade familiar para você, mas estranhamente diferente para quem não nasceu lá. Dos pais, irmãos, avós, tios, primos, amigos, cheiros, gostos, clima, cores e sons dos quais se passa muito tempo longe. Mas que permanecem todo tempo ao seu lado, não importa aonde você esteja.

Para alguns, o brasileiro é demasiado saudosista. Não é culpa nossa se a língua portuguesa - ou brasileira, como a chamam na França - é a única a possuir a palavra "saudade". Não é como o "tu me manques", que fala de sentir falta. É saudade. Fácil de entender e difícil de explicar. Uma vez, no curso de francês, a professora pediu para cada um escolher um termo de sua língua e traduzi-lo para a classe. Escolhi "saudade". Não foi fácil. Tentei fazer jus à beleza da palavra, mas certamente diversos de seus sentidos me escaparam.”
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