Peter Pan e Wendy

Leila Cordeiro, Direto da Redação

"Aos dez anos de idade, um dia ouvi no rádio uma voz diferente, tão clara e aguda, que não consegui identificar se era de uma nova cantora ou de uma criança. Mas em pouco tempo descobri a quem ela pertencia. A um americaninho negro chamado Michael Jackson, que tinha quase a mesma idade que eu. Ele parecia mais um anjinho barroco com sua cabeleira afro que teimava em equilibrar na cabeça pesando sobre seu corpinho magro.

Magro, mas nem por isso frágil, aquele garotinho negro parecia ter asas de anjos nos pés tamanha a sua agilidade ao dançar criando passos diferentes no ritmo alegre das canções do grupo “Jackson Five”. O conjunto era formado por cinco dos sete irmãos da família Jackson e Michael, apesar da pouca idade, mas com a voz privilegiada, já era o “band leader”.

O tempo passou e nós crescemos juntos. Ele fazendo sucesso mundial e eu do outro lado das Americas acompanhando os seus passos de astro pop. Quando pequena, comprava seus discos e os escutava numa vitrolinha Belair que havia ganho de aniversário de 11 anos. Depois acompanhando a evolução dos tempos passei a colecionar seus CD’s.

E por ser sua fã comecei a ver MJ com olhos mais condescendentes e compreensivos que os adultos. Quando o vi pela primeira vez dançando e cantando freneticamente pensei: - será que ele tem tempo para brincar com os amigos como eu tenho? Será que vai a escola como qualquer criança da nossa idade?

Michael passou um periodo em baixa e quando reapareceu deu um susto em todo mundo. Sua pela estava esbranquiçada, parecia transparente, seu cabelo alisado em nada lembrava o afro que usara um dia sem esconder as origens da raça, seu nariz, outrora grande e achatado, de tão pequeno e arrebitado parecia feito de massa e seu olhar demonstrava uma certa melancolia.”
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