Quero ir para o Supremo

Eduardo Tessler, Terra Magazine

“O Supremo Tribunal Federal é o supra-sumo da lisura. Ali só sobrevive a verdade absoluta. Se o Presidente da República escorregar em seus atos - e o Legislativo não prestar muita atenção - é o STF quem vai avaliar o tamanho do tombo e suas consequências. Ou seja, nada paira acima do STF. Só o bom senso. E quem decide o que é bom senso é o STF. Ou melhor, os 11 ministros do STF.

Diz a regra do jogo que qualquer brasileiro pode ir para o Supremo, basta ter "notável saber jurídico e reputação ilibada". Mas quem escolhe os iluminados que dão as cartas é o Presidente da República. Da composição de hoje sete são opções de Luiz Inácio Lula da Silva, um de José Sarney, um de Fernando Collor e dois de Fernando Henrique Cardoso.

O mais jovem do grupo que recebe oficialmente o teto entre os salários do Brasil (R$ 24.800) é o mato-grossense Gilmar Mendes, 54 anos, presidente do STF. Mendes é aquele mesmo que protagonizou um bate-boca com seu colega Joaquim Barbosa em abril, onde até os jagunços de sua fazenda no Mato Grosso foram citados. Triste momento do mais alto órgão da sociedade brasileira.

Mas agora o ministro Mendes se superou. Para justificar seu voto pela derrubada da obrigatoriedade do diploma para a prática do jornalismo, o presidente do STF comparou a atividade do jornalista a outras profissões, como a de cozinheiro. "Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área", disse. Para o presidente do STF, "é diferente de um motorista, que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à sociedade"
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