Pela educação etílica, já

Mauricio Tagliari, Terra Magazine

“Sei que o assunto vai ser polêmico. Mas estamos aqui para isso mesmo. Sair do óbvio, derrubar tabus e olhar assuntos etílicos por ângulos diferentes.

Nesta semana recebi um email convocando para um abaixo-assinado em prol da desclassificação do vinho na categoria tributária de bebida alcoólica (http://www.vinhoalimento.com.br/vote-frases.html), o que desoneraria, em tese, o produto em até 20%. E, na mesma semana, vi adolescentes embriagados no meio da rua. Dois extremos de uma mesma questão.

Não sou cientista, médico ou pesquisador. Quero abordar o tema de maneira pessoal, mas desapaixonada. Vamos aos fatos.

Minha tese (posso estar desinformado, mas imagino que seja inédita mundialmente) é que em um mundo sem hipocrisia deveria haver, assim como educação sexual para adolescentes, um treinamento etílico básico, teórico e quiçá prático. Pode parecer permissivo. Mas é justamente o contrário.

A maior parte dos problemas, tanto em relação ao sexo quanto ao álcool, nasce, em sua maioria, da desinformação, do preconceito, do moralismo e de modelos errados. Se pais e educadores não percebem que, mais cedo ou mais tarde, os dois assuntos surgirão e, diante deles, comportarem-se como avestruzes, não poderão culpar o jovem por querer experimentar algo "proibido". O resultado de promover essas experiências de maneira desavisada, todos conhecemos. Doenças, drogas, acidentes, gravidez indesejada, etc.

Vi algumas cenas nos últimos anos (e relatos de amigos, pais de adolescentes, corroboram minha impressão) nas quais fica claro que, na ânsia de ser rebelde, libertar-se ou parecer mais madura, a criança se inicia no mundo da bebida alcoólica da pior maneira possível. Pelos destilados doces e fortes.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Comentários

É essencial a educação. As pessoas devem saber até que ponto o vinho é bom.
Um abraço desde Argentina!
Sebastián

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