Cynara Menezes, CartaCapital
Laerte já foi chamado de crossdresser, denominação utilizada para o homem que gosta de, ocasionalmente, usar roupas femininas como fetiche. Talvez o crossdresser mais famoso da história tenha sido o cineasta norte-americano Ed Wood, que vez por outra vestia trajes de mulher. Sentia que lhe acalmavam o espírito. Wood, encarnado no cinema pelo ator Johnny Depp no filme homônimo de Tim Burton, em 1994, era casado e, ao que tudo indica, heterossexual. Só que o cartunista acha que não é crossdresser como Wood porque não tem mais em seu armário roupas de homem. Nem uma só cueca, nada. “Foi a primeira gaveta que esvaziei”, conta.
Por outro lado, as travestis, brinca
Laerte, ficariam indignadas se ele dissesse ser uma, por não ter a -exuberância
que se espera delas. Drag queen ele não é, porque não se veste como mulher para
fazer performances. Usa vestidos e saias todo o tempo, para desenhar, pagar
contas no banco ou ir até a esquina. Transexual também não, porque não tem
interesse em fazer cirurgia de mudança de sexo e nem está insatisfeito com o
próprio corpo “biológico”. Bissexual, sim, com certeza. “Nomenclaturas não me
interessam. A busca por uma nomenclatura é uma tentativa de enquadramento. Sou
uma pessoa transgênera e gosto do termo ‘pós-gênero’”, explica o cartunista.”
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