Roberto Porto, Direto da Redação
“Pelo que me
recordo – já que minha memória não é de ferro como a de José Inácio Werneck –
era um sábado à tarde e eu estava editando o futebol do Jornal dos Sports,
ainda na Rua Tenente Possolo, enquanto Lina Maria Marques cuidava dos esportes
amadores. Naquela época, o Jornal dos Sports, nas mãos da família
Velloso (leia-se Casas da Banha), era sério e competitivo em seu
dia-a-dia. Foi quando chegou a notícia de que o ex-nadador, e na época fazendo
pontas na televisão, Rômulo Arantes (1957-2000) havia morrido num acidente de
ultraleve em Minas
Gerais.
Rômulo morreu dois dias
antes de completar 43 anos, mas, apesar de já ter largado as piscinas, ainda
era um nome de respeito na natação, tendo participado dos Jogos Olímpicos de
Munique (1972), Montreal (1976) e Moscou (1980). Na mesma hora, eu, que de
esportes aquáticos, pouco entendo, chamei minha amiga Lina Maria e disse que
ela já tinha uma chamada de primeira página e uma das manchetes do esporte
amador. Lina Maria concordou de imediato, acionou a sucursal do Jornal dos
Sports em Minas querendo saber se havia fotos do acidente fatal.
Foi nesse intervalo, enquanto eu e Lina
Maria discutíamos o trágico fato, que uma estagiária – da qual faço questão de
não me lembrar o nome – passou a defender a tese de que a manchete da página do
esporte amador deveria ser o resultado de uma competição nas águas do Parque
Júlio Delamare, no Maracanã. A tal estagiária, que deveria ter o calcanhar
sujo, como diria muito bem meu amigo Nélson Rodrigues (1912-1980) em tempos
idos, ficou revoltada. Ela, que acabara de chegar do Júlio Delamare, queria
porque queria que a manchete do esporte amador fosse o resultado da competição
que ela acabara de cobrir. Uma falta de sensibilidade de fazer gosto.”
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