Carolina Mendes, Revista Bula
“Tem gente que nasce com uma estrela na
testa. Uma marca de nascença que reluz durante toda a vida quando bem
cuidada, e que ofusca qualquer margem de ceticismo ou teimosia que a ela se
oponha. Tem gente que pelos caminhos mais tortos, escreve mais do que o certo,
escreve o atemporal.
Rock in Rio 2011: puta programa de índio
para gente normal. Estou aí excluindo os espertos, os célebres e os ricos. Gente
normal que pega o ônibus normal e fica no lugar normal e que quer ver os shows
principais. Cansativo, longe, caro, sujo. Uma noite de Jamiroquai, Janelle
Monáe e Stevie Wonder, com um Ke$ha no meio do caminho. Uma moça com a ingrata
tarefa de cantar depois da miúda Janelle e sua estrela na testa. Janelle e sua
dança, Janelle e sua voz, Janelle e sua banda.
Janelle que brigou como gigante pelo
público que estava ali, e venceu. Janelle que veio depois do “luau in Rio” do
pessoal que fez tributo ao Renato Russo. Muito saião hippie e muita gente que
deve citar Clarice Lispector, sem provavelmente ter lido de fato Clarice Lispector.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Comentários