“Ídolo
alvinegro critica financiamento público do futuro estádio do Corinthians e
lamenta a estrutura de base do futebol
Vindo das categorias de base do Parque São Jorge, Wladimir Rodrigues do Santos ainda hoje é dono da marca histórica de ser o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Corinthians, com 805 jogos – apesar de ter deixado o clube pela última vez em 1987. O ex-atleta foi revelado pelo Alvinegro em 1973 e ficou quase 14 anos no clube (entre 1986 e 1987 jogou pela Ponte Preta e pelo Santo André). “Hoje as equipes só se preocupam em formar atletas para colocar no mercado internacional” diz o homem que fez parte da Democracia Corinthiana, ao lado do grande Sócrates.
Na segunda entrevista da série que convida jogadores e apaixonados por futebol a pensar a Copa, Wladimir critica a falta de organização e infraestrutura do Brasil para abrigar o megaevento de 2014, fala sobre a mercantilização das categorias e base dos clubes e lembra as conquistas da Democracia Corinthiana. Leia:
Bom, para começar: o que você acha de o Brasil sediar a Copa do Mundo?
Eu diria que é um ato de coragem, em um país onde a gente carece de infraestrutura esportiva adequada e está tendo que fazer tudo em toque de caixa. Sem dúvidas, a gente acredita que o legado que ficará vai ser de grande valia para os esportistas de todo o Brasil.Em que sentido?
No sentido de infraestrutura, no sentido de organização. Isso tudo eu espero que sirva de referência para que a gente consiga utilizar aqui no Brasil, além da infraestrutura, a organização que tem que imperar num torneio internacional, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Infelizmente ainda carecemos dessa organização e de infraestrutura.Recentemente, o Copa Pública entrevistou o zagueiro Paulo André e ele disse a seguinte frase: “Hoje temos cargos políticos e não técnicos para conduzir o futebol”. Você concorda com ele?
Concordo. O futebol, na verdade, é um
paraíso de oportunistas. As pessoas se acham no direito e na condição de
gerenciarem, de administrarem o esporte mais popular do país sem o menor
preparo, sem a menor ética, enfim.”
Entrevista Completa, ::AQUI::
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