O dedo na cara de Neymar

Neymar não é marketing, é talento 
genuíno, mas ainda é bruto

O craque santista foi escolhido, por sua grande capacidade, para ser o cavalo ganhador da mídia esportiva na corrida desenfreada pela audiência, o que impõe sobre ele a condição de caminhar por extremos a cada final de campeonato

Victor Farinelli, Revista Fórum

Como todo mundo viu, o futebol masculino do Brasil colecionou outro fracasso olímpico – não foi o mais feio de todos, longe disso até, mas depois da eliminação vexatória da Espanha, esse parecia o ouro mais fácil da história, considerando a baixa qualidade técnica dos que sobraram no torneio e, sem menosprezar o México, que tem um bom time e foi um merecido campeão, embora tenha sido o único adversário nosso com alguma qualidade.

Bem sabemos que o Brasil é o país do dedo na cara dos outros quando um tipo de coisa assim acontece. E nesse caso, o dedo foi direto na cara do Neymar – alguns apontaram também para o técnico Mano Menezes, mas nas esquinas do país e nas redes sociais, o jovem jogador foi o vilão preferido.

Isso vai doer na alma dos santistas, mas como todo mundo tem direito à opinião, vou dizer a minha: não sei se o Neymar é o melhor jogador dessa atual geração de futebolistas brasileiros. Acho isso desde antes da derrota, mas o que aconteceu em Wembley revitalizou essa convicção.

Tampouco estou dizendo que não é um jogador com potencial para ser um dos melhores que o Brasil já viu, e não estou em cima do muro, só acho realmente ridículo que o marketing criado em cima dele tenha imposto isso como verdade absoluta. E não, o talento do Neymar não é marketing, é talento genuíno, mas ainda é bruto, e não poderia ser de outra forma, o jogador ainda está longe do seu auge, apesar de ser convocado todos os dias agir como craque já consolidado – e ele sequer é um adulto já consolidado.”
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