Leila Cordeiro, Direto da Redação
“Li hoje num site de notícias uma história
que me tocou profundamente. Uma indiana chamada Purnima Halder, de 30 anos,
cuja vida é devastada pela pobreza, decidiu vender as três filhas, de 10, 8 e 4
anos, porque não tinha a mínima condição de alimentá-las.
Para completar a infelicidade de Purnima, o
marido, bêbado e a violento, espancava ela e as crianças com frequência, até
que num dia a boçalidade do homem chegou ao cúmulo de expulsar as quatro de casa.
Abandonada e sem dinheiro, Purnima foi
parar numa estação de trem e, tomada pelo desespero, acabou decidindo vender as
crianças por quantia equivalente a menos de 10 reais, para que as filhas
supostamente tivessem a chance de ter uma vida melhor.
Mal sabia ela, entretanto, que o destino
das filhas seria o tráfico de crianças na região de Bengala Ocidental, onde o
grave problema do tráfico humano contabiliza o desaparecimento de 15 mil
crianças nos últimos anos.
Pelo menos em relação às filhas, a história
acabou bem para Purnima, porque o fato chegou ao conhecimento de assistentes
sociais, que conseguiram impedir a venda e encontraram um abrigo seguro para
elas
Mas o desespero de Purnima me emocionou
sinceramente e, durante boa parte do meu domingo, pensei no sofrimento daquela
mulher ao decidir pela venda das filhas. Qual mãe poderia aguentar a dor de
entregar as filhas a um estranho? Vender um filho como um objeto qualquer,
mesmo que numa situação de extremo desespero, é como morrer em vida. Não haveria como
esquecer um só minuto o momento da separação.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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