por Pedro Breier, O Cafezinho -
É de Alexandre Vasilenskas, sagaz militante do PCB, a melhor
definição para o mal que acomete Sérgio Moro: síndrome de Napoleão de
hospício.
Moro cometeu mais um grave crime hoje ao impedir que fosse cumprida a
ordem de soltura de Lula, expedida pelo desembargador Rogério Fraveto.
Como sabe que terá a proteção da Globo e demais integrantes da máfia
midiática, Moro não coloca freio algum nos seus delírios de grandeza e,
tal qual um Napoleão de hospício, age como o imperador que não tem
competência legal para ser.
O louco é que, para milhões de brasileiros, o homem que está preso
sem provas é o bandido, enquanto o juiz que age fora da lei é o herói.
Eis o nível de distorção da realidade proporcionado pela concentração
dos meios de comunicação nas mãos de algumas famílias ricas e
conservadoras. Na verdade é mais que uma distorção, é a completa
inversão da realidade.
De qualquer forma, o dia de hoje é mais um que vai entrar para a história desse período bizarro pelo qual passamos.
Moro acabou ganhando a contenda com a entrada em campo do
desembargador João Gebran Neto, relator do processo que saiu das suas
férias para salvar a narrativa global/lavajateira, ordenando a
manutenção da prisão de Lula.
O preço a pagar, entretanto, foi alto: a nova travessura do nosso
Napoleão deslumbrado é mais um furo monumental no enredo de ficção
montado para dar ares de legalidade a essa perseguição insana ao
político mais popular do país e ao seu partido.
A credibilidade do golpe derrete como um queijo no microondas.
Atualização: O desembargador Favreto,
cujo plantão no TRF da 4ª Região vai até amanhã, publicou nova decisão
na qual rejeita as interferências de Moro e Gebran e determina que se
solte Lula no prazo de uma hora. Além disso, determinou o envio da
manifestação de Moro para a corregedoria do TRF 4 e para o CNJ,
solicitando a apuração de eventual falta funcional. A coisa vai ficando
cada vez mais feia para o Napoleão de Curitiba.
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