Desde o governo FHC, ‘família’ Bolsonaro luta para esterilizar os pobres


por Fernando Brito, Tijolaço -

Jair Bolsonaro tem cinco filhos, quatro homens (três deles, políticos bem pagos) e uma menina.

Seria, considerando a taxa de fecundidade de mulheres  apurada pelo IBGE em 2014 – 1,74 filhos -, praticamente o triplo da média brasileira.

Urbanização, educação, uso de métodos contraceptivos são os principais responsáveis por este índice que, dentro de 30 anos, fará a população brasileira reduzir-se, em lugar de crescer, como até agora.

No entanto, ele e seus filhos são, há pelo menos 16 anos, defensores da esterilização dos pobres.

Em 2002, ainda no Governo FHC, Bolsonaro apresentou uma emenda constitucional inserindo no art. 226 da Constituição a expressão “a realização de vasectomia e de laqueadura de trompas, para maiores de 21 anos”.
O texto, oficial, da Câmara dos Deputados está aqui e diz que:

Com a presente Proposta de Emenda Constitucional, estaremos sinalizando à sociedade uma medida que poderá colocar um freio nos graves problemas sociais que, a cada dia, crescem e se tornam mais sérios em nosso País. Ressaltamos que os casais mais abastados usam largamente os métodos da vasectomia e da laqueadura, que são seguros e definitivos, enquanto os mais pobres não os utilizam por absoluta falta de poder aquisitivo. São, por isso, condenados a dividir a miséria com muitos filhos,em sua maioria não desejados ou planejados. 

Quatro anos depois, apresentou o projeto de lei (PL N.º 7.438, DE 2006) que baixava de 25 para 21 anos a “maioridade estéril”.

Em 2007, saudou, em discurso ” o Governador do meu Estado, Sérgio Cabral, por abraçar essa causa do controle da natalidade. É claro, pegou carona numa lei estadual de 2006, de autoria do Deputado Estadual Flávio Bolsonaro — por coincidência, meu filho —, que autoriza o Estado do Rio de Janeiro a liberar a laqueadura e a vasectomia para os maiores de 18 anos, desde que tenham 1 filho”.

Em 2015, seu filho e chefe de campanha, Eduardo Bolsonaro, propõe projeto de lei no mesmo sentido, argumentando que  o governo federal, por meio do Programa “Brasil Carinhoso”, oferecia “um  auxílio  de  “R$ 70,00” (setenta reais por mês!!!) às mães pobres  “para cada filho até os 17 anos de idade, patrocinando, assim, a paternidade irresponsável e desmedida.”

Setenta reais por mês, para simplificar o entendimento, significaria que esta mulher com filho e sem recursos recebesse, num dia, como esmola, duas moedas de um real, e uma de 25 centavos.

Antes, Jair Bolsonaro, em discurso na Câmara, no dia 1° de fevereiro de 2011, havia dito que ” devemos colocar um fim, uma transição para o Bolsa Família, porque, cada vez mais, pobres coitados, ignorantes, ao receberem bolsa família, tornam-se eleitores de cabresto do PT. Logicamente, levando-se em conta isso, não interessa ao PT fazer com que o povo tenha cultura, emprego, trabalho, porque vai perder esse curral eleitoral.”.

Outro de seus filhos com mandato, Carlos Bolsonaro, deu vida prática a este desejo, como você vê na imagem reproduzida (a postagem poi apagada) condicionando o recebimento do Bolsa Família à esterilização de homens e mulheres pobres.

“Condicionar o recebimento do Bolsa-Família às cirurgias de laqueadura e vasectomia  é estancar a ferida econômica e ainda combater a miséria e a violência”

Não há, ao longo deste texto, nenhum conceito ou opinião, apenas informações objetivas.

Fossem ações de um candidato de esquerda e de sua família, estariam sendo linchados na mídia.

Dou as fontes  primárias e oficiais das informações, não “fake news”. Cito apenas documentos oficiais, pelos quais qualquer homem públicos de ve responder.

Você tem o direito de saber dos antecedentes deste pessoal.

Julgue com seus próprios critérios e consciência.

E lembre-se que, neste país em formação, se os pobres não tivessem filhos, seus avós, seus pais u você não estariam aqui.

E os seus filhos e netos não existiriam.

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