Samuel e a estratégia

Mauro Santayana, JB Online

“O presidente Lula pretende conhecer os termos do acordo que permite a Washington manter bases militares no território colombiano. A leitura do texto não será suficiente para conhecer a extensão do convênio. É comum a existência de cláusulas secretas. Além disso, a flexibilidade, no cumprimento de qualquer acordo, em geral favorece a parte mais forte.

A atitude de Lula, no entanto, vale por duas razões. Ela manifesta a natural desconfiança do continente, de que, com todas as declarações em contrário de Uribe e Obama, os Estados Unidos estejam usando do pretexto das drogas e das Farc para manterem suas tropas na América do Sul. A experiência demonstra que o problema das drogas só se resolverá quando se combater o seu consumo, e não a sua produção. O maior mercado de consumo é o dos Estados Unidos. Se um dia não houver um só arbusto de coca no mundo, nem uma só papoula, outras drogas serão sintetizadas, a fim de produzir o mesmo efeito da cocaína e da heroína, além das que já estão no mercado. Quanto às Farc, trata-se de um problema interno da Colômbia. Elas só serão um problema para os vizinhos, se os seus combatentes ultrapassarem as fronteiras. Nesse caso, cabe ao país violado tomar as medidas que considerar adequadas.”
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