Mauro Santayana, JB Online
“O rápido olhar para as notícias do mundo, nesta semana que anuncia agosto, dá a impressão de que o homem procura fugir de si mesmo, para longe de sua condição humana. A ciência anda em busca do truque de Deus, a famosa partícula de Bóson, e, nesse orgulhoso desafio, já consumiu, no acelerador de partículas do centro da Europa, mais de 10 bilhões de dólares. Esta mesma e orgulhosa ciência, que pretende reproduzir o momento exato da criação do Universo, ainda não foi capaz (ou não teve interesse) de salvar o homem da fome, das endemias e da insânia, que se manifesta, com maior gravidade, entre os grandes da Terra.
Da França, que um dia iluminou a Europa com sua razão, chega a notícia da mãe que matou, um após outro, seus oito filhos recém-nascidos, apesar de seu rosto sereno.
Ainda que o homem identificasse, no acelerador de partículas, o momento preciso do nascimento do Universo, de nada isso lhe valeria para guardar a memória de seu grande feito. Ao que dizem outras notícias, a vida, pelo menos a do homem e dos mamíferos superiores, parece caminhar para o fim. Segundo medições criteriosas, realizadas durante o século passado e na primeira década deste, diminuiu em 40% a existência dos fitoplânctons na superfície dos oceanos. Isso me lembra o sorriso irônico de um cientista brasileiro, em Estocolmo, na Primeira Conferência do Meio Ambiente – em 1972 – quando alguém vociferava, já então, contra a devastação da Amazônia, com o argumento de que a floresta era o “pulmão do mundo”. O pulmão do mundo, explicou o brasileiro, é o mar, porque mais da metade do oxigênio do planeta é produzido pelos plânctons. O mar, nestes últimos decênios, se tornou o grande depósito de lixo do planeta. No Pacífico, de acordo com o oceanógrafo norte-americano Charles Moore, calcula-se em 100 milhões de toneladas o mingau de plástico que cobre área equivalente a duas vezes os Estados Unidos, vagando entre a Califórnia e o Japão.”
Artigo Completo, ::Aqui::
“O rápido olhar para as notícias do mundo, nesta semana que anuncia agosto, dá a impressão de que o homem procura fugir de si mesmo, para longe de sua condição humana. A ciência anda em busca do truque de Deus, a famosa partícula de Bóson, e, nesse orgulhoso desafio, já consumiu, no acelerador de partículas do centro da Europa, mais de 10 bilhões de dólares. Esta mesma e orgulhosa ciência, que pretende reproduzir o momento exato da criação do Universo, ainda não foi capaz (ou não teve interesse) de salvar o homem da fome, das endemias e da insânia, que se manifesta, com maior gravidade, entre os grandes da Terra.
Da França, que um dia iluminou a Europa com sua razão, chega a notícia da mãe que matou, um após outro, seus oito filhos recém-nascidos, apesar de seu rosto sereno.
Ainda que o homem identificasse, no acelerador de partículas, o momento preciso do nascimento do Universo, de nada isso lhe valeria para guardar a memória de seu grande feito. Ao que dizem outras notícias, a vida, pelo menos a do homem e dos mamíferos superiores, parece caminhar para o fim. Segundo medições criteriosas, realizadas durante o século passado e na primeira década deste, diminuiu em 40% a existência dos fitoplânctons na superfície dos oceanos. Isso me lembra o sorriso irônico de um cientista brasileiro, em Estocolmo, na Primeira Conferência do Meio Ambiente – em 1972 – quando alguém vociferava, já então, contra a devastação da Amazônia, com o argumento de que a floresta era o “pulmão do mundo”. O pulmão do mundo, explicou o brasileiro, é o mar, porque mais da metade do oxigênio do planeta é produzido pelos plânctons. O mar, nestes últimos decênios, se tornou o grande depósito de lixo do planeta. No Pacífico, de acordo com o oceanógrafo norte-americano Charles Moore, calcula-se em 100 milhões de toneladas o mingau de plástico que cobre área equivalente a duas vezes os Estados Unidos, vagando entre a Califórnia e o Japão.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Comentários