Mair Pena Neto, Direto da Redação
“Vou me permitir ocupar esse espaço com a carta enviada pelo cineasta norte-americano Oliver Stone ao The New York Times para refutar crítica a seu documentário “Ao sul da fronteira” (South of the Border), escrita pelo jornalista (se é que se pode chamá-lo assim) Larry Rohter.
Para quem não se lembra, Rohter é aquele jornalista que tentou desqualificar o presidente Lula, apresentando-o como um bêbado, incapaz de dirigir os destinos de um país. O New York Times deveria enquadrar a matéria de Rohter sobre Lula e pregá-la na parede junto a várias outras, de diversas publicações, que exaltam Lula cada vez mais e o apresentam como um dos maiores estadistas da atualidade.
Rohter é especializado em tentar desconstruir personagens ligados às causas populares, e o que fez com Lula já havia feito com Rigoberta Menchu e continua a tentar fazer com Hugo Chávez. Certamente o documentário de Oliver Stone, que trata das mudanças na América do Sul conduzidas por gente como Lula, Chávez e Evo Morales, incomodou Rohter, assim como a crítica que o cineasta faz às distorções dos fatos promovidas pela mídia.
O jornalista do The New York Times escreveu uma crítica intelectualmente desonesta, que foi desconstruída, item a item, por Oliver Stone e os roteiristas do filme Mark Weisbrot e Tariq Ali. Não vou me estender mais, pois o melhor são os argumentos dos autores do filme. A tradução é minha e pode conter algumas imprecisões. Quem quiser lê-la no original é só ir à página do filme http://southoftheborderdoc.com/oliver-stone-responds-to-attack-from-the-new-york-times-larry-rohter/
Larry Rohter atacou nosso filme "South of the Border" por "erros, imprecisões e perda de detalhes". Mas um exame cuidadoso dos detalhes revela que os erros, imprecisões e perda de detalhes são dele, e que o filme é factualmente preciso. Nós vamos documentar isso para cada um dos seus ataques. Nós vamos mostrar, então, que há evidência de hostilidade e conflito de interesses na sua tentativa de desacreditar o filme. Finalmente, nós pedimos que sejam considerados os muitos erros factuais nos ataques de Rohter, assinalados abaixo, e que o The New York Times publique a correção integral desses numerosos erros.
1) Ao acusar o filme de informação incorreta, Rohter escreve que "um vôo de Caracas para La Paz passa na maior parte sobre a Amazônia e não sobre os Andes..." Mas a narrativa não diz que o vôo passa na maior parte sobre os Andes, mas apenas que passa sobre os Andes, o que é verdade. (Fonte: Google Earth)
2) Também na categoria de má informação, Rohter escreve "os Estados Unidos não 'importa mais petróleo da Venezuela do que qualquer outra nação da Opep', honra que pertenceu à Arábia Saudita durante o período 2004-10".
A citação mencionada por Rohter aqui foi feita no filme pelo analista da indústria do petróleo Phil Flynn, que aparece por cerca de 30 segundos em um clip da TV americana. E revela que Rohter está errado e Flynn, certo. Flynn está falando em abril de 2002 (o que está claro no filme), então é errado Rohter citar a data entre 2004-2010. Se nós olhamos para o período entre 1997-2001, que é a data relevante para o comentário, Flynn está correto. A Venezuela liderou as importações de petróleo dos EUA entre os países da Opep nesse período. (Fonte: US Energy Information Agency for Venezuela).”
Matéria Completa, ::Aqui::
“Vou me permitir ocupar esse espaço com a carta enviada pelo cineasta norte-americano Oliver Stone ao The New York Times para refutar crítica a seu documentário “Ao sul da fronteira” (South of the Border), escrita pelo jornalista (se é que se pode chamá-lo assim) Larry Rohter.
Para quem não se lembra, Rohter é aquele jornalista que tentou desqualificar o presidente Lula, apresentando-o como um bêbado, incapaz de dirigir os destinos de um país. O New York Times deveria enquadrar a matéria de Rohter sobre Lula e pregá-la na parede junto a várias outras, de diversas publicações, que exaltam Lula cada vez mais e o apresentam como um dos maiores estadistas da atualidade.
Rohter é especializado em tentar desconstruir personagens ligados às causas populares, e o que fez com Lula já havia feito com Rigoberta Menchu e continua a tentar fazer com Hugo Chávez. Certamente o documentário de Oliver Stone, que trata das mudanças na América do Sul conduzidas por gente como Lula, Chávez e Evo Morales, incomodou Rohter, assim como a crítica que o cineasta faz às distorções dos fatos promovidas pela mídia.
O jornalista do The New York Times escreveu uma crítica intelectualmente desonesta, que foi desconstruída, item a item, por Oliver Stone e os roteiristas do filme Mark Weisbrot e Tariq Ali. Não vou me estender mais, pois o melhor são os argumentos dos autores do filme. A tradução é minha e pode conter algumas imprecisões. Quem quiser lê-la no original é só ir à página do filme http://southoftheborderdoc.com/oliver-stone-responds-to-attack-from-the-new-york-times-larry-rohter/
Larry Rohter atacou nosso filme "South of the Border" por "erros, imprecisões e perda de detalhes". Mas um exame cuidadoso dos detalhes revela que os erros, imprecisões e perda de detalhes são dele, e que o filme é factualmente preciso. Nós vamos documentar isso para cada um dos seus ataques. Nós vamos mostrar, então, que há evidência de hostilidade e conflito de interesses na sua tentativa de desacreditar o filme. Finalmente, nós pedimos que sejam considerados os muitos erros factuais nos ataques de Rohter, assinalados abaixo, e que o The New York Times publique a correção integral desses numerosos erros.
1) Ao acusar o filme de informação incorreta, Rohter escreve que "um vôo de Caracas para La Paz passa na maior parte sobre a Amazônia e não sobre os Andes..." Mas a narrativa não diz que o vôo passa na maior parte sobre os Andes, mas apenas que passa sobre os Andes, o que é verdade. (Fonte: Google Earth)
2) Também na categoria de má informação, Rohter escreve "os Estados Unidos não 'importa mais petróleo da Venezuela do que qualquer outra nação da Opep', honra que pertenceu à Arábia Saudita durante o período 2004-10".
A citação mencionada por Rohter aqui foi feita no filme pelo analista da indústria do petróleo Phil Flynn, que aparece por cerca de 30 segundos em um clip da TV americana. E revela que Rohter está errado e Flynn, certo. Flynn está falando em abril de 2002 (o que está claro no filme), então é errado Rohter citar a data entre 2004-2010. Se nós olhamos para o período entre 1997-2001, que é a data relevante para o comentário, Flynn está correto. A Venezuela liderou as importações de petróleo dos EUA entre os países da Opep nesse período. (Fonte: US Energy Information Agency for Venezuela).”
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