Eliakim Araujo, Direto da Redação
“O velhinho da foto é Warren Buffett, que vai completar 81 anos no próximo dia 30 de agosto. Chamá-lo de bilionário é pouco. Ele é um multi-bilionário investidor americano, dono absoluto de não sei quantas empresas e acionista de outras tantas, que está entre as três maiores fortunas dos Estados Unidos.
No início da semana, o NY Times publicou um poderoso artigo de Buffett que até hoje está dando o que falar. Simplesmente porque, em poucas palavras, ele disse ao governo: “eu e meus colegas bilionários não estamos pagando impostos suficientes, aumente nossa carga tributária”.
Pela originalidade da proposta - um rico reclamando que paga pouco em impostos - e pela repercussão alcançada, julgo oportuno trazer o assunto à consideração dos leitores, comentando alguns trechos do artigo.
Buffett começa lembrando os desvalidos das guerras interna e externa em que o país está metido e os compara com os favores que os ricos recebem do governo:
Enquanto os pobres e a classe média lutam por nós no Afeganistão e a maioria dos americanos luta para sobreviver, temos mega-ricos que continuam a ganhar incentivos fiscais extraordinários. Alguns de nós, gestores de investimentos, ganhamos bilhões em nosso trabalho diário, mas temos permissão para classificar nossos ganhos como "participação nos resultados", conseguindo assim uma pechincha de imposto de 15%. Outros possuem índices no mercado de bolsas por 10 minutos e 60% dos seus ganhos são taxados em 15%, como se fossem investidores de longo prazo.
Mais adiante, a partir de seus próprios ganhos, Buffett denuncia o sistema tributário injusto e cruel com aqueles que vivem de salários:
No ano passado, meu imposto federal - o imposto de renda que paguei, bem como impostos sobre os salários pagos por mim e em meu nome - foi $6.938.744 dólares. Isso parece um monte de dinheiro. Mas o que eu paguei foi apenas 17,4 por cento dos meus rendimentos tributáveis, e que na verdade é um percentual menor do que foi pago por qualquer uma das outras 20 pessoas em nosso escritório. Seus encargos variaram entre 33 e 41 por cento, uma média de 36 por cento.”
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