Leila Cordeiro, Direto da Redação
“Sou da época em que professor era coisa
sagrada em sala de aula. E isso não faz tanto tempo assim. Quando os mestres
começavam a falar, os alunos calavam em sinal de respeito, mesmo que o papo
estivesse animado lá atrás, nas últimas cadeiras da sala onde ficava a turma da
bagunça. E se a galera insistisse na conversa, ia direto pra fora ter uma
conversinha com o diretor.
Mas isso é coisa do passado. De lá
pra cá, tudo mudou e o respeito entre alunos e professores ficou no
limite, com os primeiros perdendo totalmente a noção de hierarquia
no ambiente escolar.
Foi o que aconteceu na Escola Estadual
Rotildino Avelino, em
Coronel Fabriciano, Região do Vale do Aço, Minas
Gerais. A mídia informa que uma aluna deu dois tapas na cara de uma
professora (foto), depois dela ter interceptado um bilhete da jovem para uma
outra colega.
Depois de estapear a professora, segundo
ainda o relato das reportagens, a aluna saiu da sala furiosa sentindo-se
cheia de razão. A superintendência de ensino da região disse que medidas
educativas foram tomadas e que a professora aceitou as desculpas da aluna.
E daí? Terá sido isso o suficiente para
evitar que novas atitudes desrespeitosas aconteçam? O efeito foi cortado, mas e
as causas? O que teria dado força a essa jovem a ponto de perder o
controle e agredir aquela que, naquele momento, representava a autoridade
máxima na classe escolar?
Essa falta de limites tem que ser
analisada. Todo brasileiro sabe que a educação gratuita no país é
deficiente. Professores mal remunerados, instalações precárias e todos os males
necessários que tornam o ensino público brasileiro um caos. Mas nada justifica
que uma aluna bata na cara de uma professora só porque foi contrariada por ela.”
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