Graça Taguti, Revista Bula
“Todo mundo se lembra do desbotado e
renitente ditado “A primeira vez a gente nunca esquece”. Mas será que você
parou para refletir por quantas estreias experienciais passa no seu acelerado
cotidiano? Sempre há miríades de primeiras vezes. Vamos rememorar algumas
delas juntos. A primeira menstruação, quando a menina-moça se sente toda toda,
meio descendente de uma pequena Niagara Falls, que logo a acometerá
de irritantes tpms , ruborizadas querências e confuso trânsito hormonal,
mensalmente.
E os garotos, então? Tomados pelo fogo,
extasiados com o looping da montanha russa do frenesi masturbatório, que quase
os deixa anêmicos e os transforma em anacoretas, distantes da família, ainda
que dentro da própria casa , na maior parte do tempo.
E o primeiro porre. As ideias cambaleando
um tanto cambetas, escorando-se nas vielas de pobres neurônios pernetas, em
pleno estado de liquefação, decorrente das repetidas doses de vodca e que
tais.
Agora, em sucessão, assistimos ao desfile
do primeiro beijo, a primeira comunhão (para quem se criou na religião
católica) a primeira e última circuncisão — os garotinhos judeus perdendo a sua
gola roulê peniana. Que, aliás, já esteve tão na moda, entre os anos 60 e 70.
Voltando aos deliciosos ósculos,
registram-se os primeiros acoplamentos orais, oriundos de várias manifestações.
Beijo-selinho, beijo-rapidinho, roubado, no cantinho da boca. Beijo-sonso,
me-engana que-eu-gosto. O famoso e ardoroso succional, que desentope até
soterrados desejos soturnos. Verdadeira acrobacia de línguas camaleônicas em
suas ondulantes e ofídicas performances.”
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