Leila Cordeiro, Direto da Redação
“Alguns profissionais que estão hoje na TV,
comportados e politicamente corretos, nem sempre foram assim. Tirados de
programas alternativos em TVs de menor alcance de público e levados para a Globo
acabaram perdendo toda a autenticidade de antigamente.
Afinal na tela global é preciso ler na
cartilha de quem é líder de audiência e assumir o peso da responsabilidade em
relação a patrocinadores e números do ibope.
Por isso, esses profissionais precisaram se
enquadrar não só no vocabulário, no conteúdo, no gestual, mas também na
forma de se vestir, pentear e maquiar. Tudo para emplacar como um sucesso a
mais na constelação global e ali disputar seu espaço na preferência popular.
Mas será que esses profissionais
conquistaram mesmo a simpatia do povo ou apenas entraram na maratona do hábito
do brasileiro de assistir a Globo incondicionalmente, independente da qualidade
do produto ou do profissional?
Não pretendo citar nomes, até porque já
ficou cansativa a ladainha de enumerar esse ou aquele apresentador, homem ou mulher,
que mudou o estilo para agradar a gregos e troianos. Mas talvez valha a pena
comentar o exemplo maior dessa mudança de comportamento do descontraído para o
engessado querendo parecer informal, o Faustão.
Em seu "Perdidos na Noite", lá
atrás no túnel do tempo numa emissora menor, Faustão fazia o que queria num
estúdio onde tudo parecia improvisado. Não havia combinações sobre o que
era certo ou errado e Faustão falava o que lhe vinha à cabeça. Gordo,
descontraído, engraçado e criativo, ele acabou conquistando o público sem
maiores preocupações com índices de audiência e, por isso mesmo, despertou o
interesse da Globo que viu nele a chance de desengessar seus domingos.”
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