Paul McCartney comemora 70 anos e toca Raul


Eberth Vêncio, Revista Bula

“Consta que, aos 16 anos de idade, o ainda incógnito Paul McCartney compôs “When I’m sixty four” (Quando eu estiver com sessenta e quatro). Na letra da canção, um angustiado jovem amante pergunta à namorada se ela ainda o amará na velhice, quando ele perder os cabelos, e se ela ainda precisará dele, e se o alimentará quando ele estiver com sessenta e quatro anos de idade.

O que levaria um adolescente sopitando testosterona pelos poros a escrever uma letra com uma temática tão adulta? Eu credito o fato à genialidade de Paul, que certamente foi arrebatado por uma daquelas inspirações que invadem a cachola do artista, não o deixando em paz até que o processo de criação esteja totalmente concluído. Certamente, o clima inóspito de Liverpool contribuiu para inspirar o apaixonado mancebo.

Nesta semana, Paul McCartney completou 70 anos. A data foi comemorada em família, com a presença de uns poucos amigos escolhidos a dedo. Apesar do honroso e delicado convite (recebi pelo sedex inglês o novo CD de Paul, “Kisses on the bottom”, com dedicatória e tudo o mais, além do indispensável alerta “please, confirm your presence by June 15”), eu não pude comparecer ao evento porque na mesma data tinha combinado com um maluco de assistir ao documentário “O Início, o Fim e o Meio”, a respeito do ícone do rock brasileiro, Raul Seixas, que também faz aniversário em junho.

Entretanto, gentil e cuidadoso como sempre, Paul propôs conceder mais uma entrevista exclusiva a este surpreendente veículo de comunicação, por meio do escaipe, recurso virtual jamais imaginado pelo ex-beatle nem nos idos tempos da psicodelia ou quando o PT era considerado um diferente partido de oposição.

Eu: Para quem se preocupava tanto em chegar inteiro aos 64 anos, que tal completar 70?

Paul: Coming up like a flower.

Eu: Apesar do correio andar arisco, como diria Chico Buarque, eu recebi o seu CD, ouvi e achei bom-pra-cacete, apesar daquele monte de baladas antigas. Paul McCartney ficou velho?

Paul: Life is a magical mistery tour, my dear. Don’t bother me! Today is my birthday. Please, please me!

Eu: Raul Seixas é considerado por muitos como o maior roqueiro brasileiro de todos os tempos. Você conhece a obra do Raulzito?”
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