Adelto Gonçalves, Revista Bula
“Para o biógrafo A. Campos Matos não há
fundamento que possa sustentar a acusação de que Eça de Queiroz teria aversão
ou desprezo pelo belo sexo. E que seria descabido suspeitar desse tipo de comportamento
a partir do tratamento que o autor dá às mulheres na ficção
Não foram poucos os críticos e leitores menos
desatentos que viram em Eça de Queiroz (1845-1900) um misógino de mão cheia. Motivos
não faltam ao longo de sua obra e mesmo em sua correspondência com amigos,
especialmente com Ramalho Ortigão (1836-1915). De fato, em muitos de seus
romances e contos, são frequentes palavras pouco lisonjeiras que dirige ao sexo
feminino. Sem contar que a suas heroínas quase sempre reserva um final trágico,
talvez como forma de punição a quem não soubera superar ou controlar os furores
do sexo.
Entender essa alma angustiada que foi o
maior romancista do século 19 português foi o objetivo a que se entregou aquele
que já pode ser considerado o maior de seus biógrafos, A. Campos Matos, no
ensaio “Sexo e Sensualidade em Eça de Queiroz”, que teve edição de autor em maio
de 2012 e segunda edição revista, em julho, com ilustrações do arquiteto Rui
Campos Matos, seu filho.”
Artigo Completo, ::AQUI::
Comentários