Aravind Adiga: dei voz a pobres, operários e desempregados

“Ainda que sombrio, o humor de O Tigre Branco, romance de estréia do indiano Aravind Adiga — que venceu o Booker Prize 2008 —, não disfarça a crítica social por trás da trama. Trata-se de reflexo direto do discurso politizado de seu autor. Em depoimento à Folha de S.Paulo, publicado nesta segunda-feira (11), Adiga diz que seu prêmio não tem "tanta importância" — e ele tem razões de sobra para afirmar isso.

"Veja bem, vivo na Índia, onde ninguém liga para coisas como prêmios; 60% da pessoas em Mumbai vivem nas ruas, tentando sobreviver. Há coisas mais importantes. E isso é bom para mim, significa que estou próximo da realidade," dispara o escritor.

Nascido de uma família abastada, em 1974, em Madras e é formado em literatura, Adiga estudou nas universidades Columbia e Oxford. Trabalhou para publicações como Financial Times, Independent e Sunday Times. Diz ter tirado de suas andanças em vilarejos indianos a voz de seu protagonista, Balram — um anti-herói em que espelha a sociedade indiana diante do milagre econômico.

"Ele é um tipo de pessoa que você conhece se viaja pela Índia. Aqui, a maioria das pessoas vive em cidades pequenas — apenas uma pequena parte da população está nas cidades grandes. Pessoas como eu, que vivem nessas cidades grandes, não têm noção de como é a vida nessas cidadezinhas”, relata.”
Vermelho.org / Folha de São Paulo
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