Barak Obama: mais do mesmo?

“É preciso estar cego pela ideologia disseminada pelos meios de comunicação para crer que Obama possa deixar de seguir a natureza do seu partido

“Tenho acompanhado as declarações de várias lideranças latino-americanas sobre o novo presidente dos Estados Unidos e só posso concluir que estejam sendo extremamente diplomáticas e educadas. Penso que numa situação como esta, quando um novo presidente assume o cargo, deve ser de bom tom dar as boas vindas e fazer prognósticos de mudanças, de bom governo e de bons auspícios. Mas, cá com meus botões, creio que esta gente que hoje dirige países importantes como a Venezuela, Bolívia, Equador e Paraguai - que estão virando o leme e dando passos na direção de uma outra forma de organizar a vida - deveria colocar as barbas de molho.

É fato que a eleição de um homem negro para a presidência dos Estados Unidos é um acontecimento histórico. Quem conhece as práticas da Ku Klux Kan e a faceta racista do país do norte que inclusive o levou a uma sangrenta guerra civil entre 1861 e 1865, causadora de quase um milhão de mortes - sabe da importância disso. Mas, de que vale ser negro e quebrar um paradigma se não se quebrar a política deste que é um dos partidos mais antigos do mundo, nascido de uma dissidência do que era o Partido Democrata-Republicano, fundado por Thomas Jefferson em 1793? É o que pretendemos questionar!

História de conservadorismo

As eleições nos Estados Unidos foram mostradas de forma exaustiva na televisão. No geral, os editores dos jornais mais importantes da noite esbanjaram a visão de suas mentes colonizadas. Sequer falaram dos demais candidatos, como se só os partidos Republicano e Democrata estivessem participando do pleito. Pois havia mais gente no páreo. Disputaram ainda dois candidatos independentes (lá é possível ser candidato sem partido), um do Partido da Constituição, um do Partido da Liberdade, um do Partido Socialista e uma candidata do Partido Verde. E o mais grave é que na reportagem da Rede Globo, William Bonner divide o Congresso estadunidense entre a bancada democrata, a bancada republicana e uma pequena parte sem posição. Ora, os 4% não são sem posição, eles tem posições muito claras, diferentes dos partidos dominantes. Já no dia da eleição alguns jornalistas chegaram a momentos apoteóticos, vibrando de prazer com o que chamavam do regime mais democrático do mundo. Até aí tudo bem, são propagandistas a soldo. Cumprem seu papel. Por isso cabe a imprensa alternativa estabelecer um olhar crítico.”
Elaine Tavares, Brasil de Fato
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