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“O mistério é o lugar onde não estamos, nem chegamos, a não ser por acreditar nele como algo a aceitar

No dia 10 de setembro de 2008, nove mil cientistas de todo mundo, reunidos em torno do Centro de Ciências da Europa, comemoraram o início da reprodução do que teria sido o começo do Universo. Se não lembra bem o que isso significa, remonto um pouco. Os cientistas anunciaram aquela que é, neste momento, a ‘mais poderosa máquina do mundo’ – o Grande Colisor de Hádrons, que fez circular, em sentido horário, um feixe de milhões de prótons, com o objetivo de reproduzir a explosão que deu origem ao Universo.

Até aqui, o projeto foi um sucesso. Conseguiu que as partículas dessem uma volta completa no túnel de 27 quilômetros. Antes do encontro, vozes discordantes – a mídia as tratou anonimamente, mas sem se inclinar à ironia – teriam dito que a máquina criaria um buraco negro e engoliria a Terra. A opinião, de um coletivo sem nome e sem lugar, acentuava um obscurantismo que a mídia aproveitou quase na mesma proporção em que fez divulgar o acontecimento. O equipamento estará em seu pleno potencial no final de 2009. O único risco, por enquanto, é o da máquina quebrar. Ao final, os cientistas acreditam – e a palavra outra não é: saberão alguns segredos do Universo, como a origem da massa e a estrutura da matéria.”
André Resende, LMD Brasil
Artigo Completo, ::Aqui::

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