ONU, Gays e Vaticano

“Uma proposta encabeçada pela França nas Nações Unidas gerou um debate acalorado: a descriminalização da homossexualidade em todo o mundo. Segundo grupos de direitos humanos, o homoerotismo ainda é punível em mais de 85 países e pode levar à pena de morte em outros, como o Afeganistão, o Irã, a Arábia Saudita, o Sudão e o Iêmen. A proposta francesa teve a adesão de 66 países e a rejeição de 62 países. Estes, liderados pelo Egito, apresentaram uma declaração de oposição.

O Vaticano se posicionou oficialmente. O seu porta-voz, o padre jesuíta Federico Lombardi, emitiu um comunicado em que afirma: "Os conhecidos princípios do respeito dos direitos fundamentais da pessoa e da rejeição de toda injusta discriminação - reconhecidos claramente pelo próprio Catecismo da Igreja Católica - excluem evidentemente não só a pena de morte, mas todas as legislações penais violentas ou discriminatórias em relação aos homossexuais". Nas Nações Unidas, a delegação da Santa Sé manifestou apreço pela proposta francesa de condenar todas as formas de violência contra pessoas homossexuais. E urgiu os Estados a tomarem as medidas necessárias para pôr fim a todas as penas criminais contra eles.

Trata-se de um fato inédito na história. A França tem uma forte tradição iluminista que desencadeou a Revolução Francesa e uma declaração de direitos humanos. Agora, ela quer que estes direitos contemplem a diversidade sexual, descriminalizando a homossexualidade em todo o mundo. O papa Bento 16 reconheceu que o maior legado do iluminismo são os direitos humanos e a liberdade religiosa. Agora, em nome desses direitos, ele exorta as nações a extinguirem as legislações penais contra os gays.”
Luís Corrêa Lima, Adital
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