Marcelo Yuka é tema de biografia e documentário

"Desde a fatalidade que o deixou paraplégico em 2001 e culminou no desligamento do grupo O Rappa em 2002 – que ajudou a consagrar compondo sucessos como Minha alma (a paz que eu não quero) e A feira – Marcelo Yuka não produziu algo que novamente atravessasse as fronteiras do país. O projeto F.U.R.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados) está congelado, mas seu mentor prepara uma série de lançamentos para 2009, que, se não vão cair na boca do povo como antes, prometem revelar sua intimidade de uma forma nunca antes vista.

Em sua casa, na Tijuca – um largo cômodo sem divisórias, repleto de livros e com credenciais de shows antigos do Rappa penduradas – Yuka recebeu o Jornal do Brasil para contar o que está planejando.

Jornal do Brasil: Você foi convidado para ser biografado e ganhar um documentário...

- A idéia do filme surgiu primeiro. Estou sendo filmado há dois anos e ainda há muito a ser registrado. É de uma jovem diretora, Daniela Broitman. O livro é do Bruno Levinson (organizador do festival Humaitá Pra Peixe e autor de um livro sobre Marcelo D2) e também está em fase de produção. A diferença é que o livro será mais divertido porque eu sou brother do Bruno há 20 anos, por isso fico mais à vontade na presença dele. O documentário é muito invasivo. Pensei que seria mole, mas descobri que não fico relaxado com câmeras e luzes. Mas assinei o contrato e vou ter que ir até o fim. O que me motivou a fazer esses projetos foi divulgar a causa das células-tronco. O problema é que um autor, quando tem um protagonista na mão, vai descobrindo cada vez mais sobre a pessoa e pode acabar perdendo o foco.

Jornal do Brasil: Como está seu envolvimento na questão do uso das células-tronco para a recuperação de alguns tipos de doenças e traumatismos?

- Cada vez mais estou fazendo meu lobby declarado a favor do uso das células-tronco. Vou a Brasília, quando necessário, para fazer pressão. A possibilidade de isso ocorrer é real. Vejo que é um momento tão importante quanto a criação da penicilina. Continuo forte na luta, apesar de saber que é provável que eu, que já tenho 43 anos, não terei idade para receber a célula-tronco e regenerar meu corpo quando a lei for aprovada.”
Leandro Souto Maior, JB Online
Entrevista Completa, ::Aqui::

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