O homem bonzinho

“Pelo trailer e pela sinopse, imaginei o filme “Um homem bom” (”Good”) diferente. Durante a projeção, fui tomada por uma sensação de estranhamento em relação ao tal homem do título, como se esperasse, em algum momento, que ele revelasse a sua grandeza de protagonista, para o bem ou para o mal.

Mas o homem bom, na verdade, é um homem bonzinho. Fraco e tolo, como sempre são os bonzinhos. Nascido para coadjuvante. Ele é tão comum por aí que não valeria uma crônica, um curta-metragem, não fosse o pano de fundo nazista e a forma como o personagem é inserido acidentalmente neste inacreditável capítulo da história da humanidade.

Talvez no pano de fundo tenha residido a meu desconforto em relação à história do professor de literatura que adere ao nazismo com a ingênua convicção de que não está se comprometendo. A situação limite do nazismo parece mais apropriada a personagens fortes, Mengelers e Schindlers, algozes, heróis ou vítimas com os quais possamos nos identificar ou repudiar - e depois respirar aliviados por saber como teríamos agido naquela situação terrível.”
Marta Barcellos, Blog: Espuminha de leite
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