Crise fecha 'Domino'

“Sinônimo de um estilo de vida acessível, revista de decoração encerra as atividades, vítima da recessão nos EUA

Penelope Green, THE NEW YORK TIMES / O Estado de S.Paulo

- Quando a revista Domino encerrou suas atividades no fim de janeiro, gritos de protesto foram ouvidos pela blogosfera. Fãs da revista de decoração da editora Condé Nast manifestaram decepção nos sites de design, como o Design Sponge - que chegou a receber 498 mensagens em poucas horas.

Os leitores choraram a morte de uma revista com a qual compartilhavam um "sentimento", manifestando a preocupação de que a renovação da assinatura, já paga, seria transferida para a Architectural Digest, a revista que resta da Conté Nast (e cuja idade média dos leitores é de 50 anos). "Nãããão", lamentou Sewbettie no Design Sponge. "Domino trazia projetos aos quais eu podia aspirar - em vez de dizer, ?bem, um dia, quando ganhar na loteria...?." Sewbettie é pseudônimo de Cara Angelotta, de 25 anos. Domino tinha uma presença interessante na web. Mas, embora a circulação fosse crescente, os números da publicidade decretaram seu fim: em 2008 ela teve menos da metade do volume de propaganda veiculada no Architectural Digest (queda de 26% em relação a 2007).

Deborah Needleman era editora da House & Garden em 2004, quando apresentou a ideia de uma revista de decoração para James Truman, diretor da Condé Nast. "Eu só queria conversar com o leitor, saber como ele desejaria viver e dar os instrumentos para isso." Foi um sucesso. As assinaturas chegaram a 850 mil em janeiro passado, segundo Jack Hanrahan, consultor de mídia. Acontece que revistas se mantêm com receitas dos anúncios e não com vendas do produto - os anunciantes andam nervosos... E foi assim, num comunicado recente, que Charles Townsed, presidente da Condé Nast, anunciou que "a decisão de encerrar a publicação da revista e seu website deveu-se à crise econômica".
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