Estréia - "Che" narra guerrilha e tomada do poder em Cuba

Alysson Oliveira, Cineweb

"O médico e revolucionário (entre outras coisas) argentino Ernesto "Che" Guevara é uma figura tão polêmica quanto fascinante. Assim sendo, sua trajetória comporta bem mais do que um único filme. No caso do diretor Steven Soderbergh, ele fez dois, e o primeiro deles, "Che", chega aos cinemas de São Paulo, Rio e Campinas, nesta sexta-feira.

Certamente, Soderbergh não foi o primeiro a inspirar-se na aventurosa vida de Che. Em 2004, o brasileiro Walter Salles dirigiu "Diários de Motocicleta", baseado num livro de memórias de uma viagem da juventude do médico argentino.

No ano passado, o documentário "Personal Che", de Adriana Mariño e Douglas Duarte, mostrou o quanto o personagem é visto por vários ângulos, desde vilão até santo milagreiro.

O filme de Soderbergh não busca responder quem foi realmente Che Guevara e qual a sua importância para a história do século 20. Trabalhando a partir de um roteiro assinado por Peter Buchman ("Jurassic Park 3"), baseado num livro de memórias do próprio revolucionário, o diretor filma com distanciamento quase documental dois momentos na vida do personagem: a campanha para a tomada do poder em Cuba, em 1959, e a visita à ONU em Nova York, em 1964.

Filmada em preto-e-branco, com uma imagem com aspecto de envelhecida, a viagem de Che (Benicio Del Toro, premiado como melhor ator em Cannes 2008 por esse trabalho) intercala as cenas de guerrilha ao lado de Fidel Castro (Demián Bichir). Nos Estados Unidos, o revolucionário se torna santo e demônio ao mesmo tempo.
Reuters / Foto: Yuriko Nakao
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