Fidel e a Carta de Vargas

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

"Muitas vezes para se entender melhor os dias de hoje é importante mergulhar em fatos da história. No caso brasileiro, o início dos anos 50 é sintomático. Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cuja gestão foi uma das maiores tragédias da história republicana, voltou-se contra a Era Vargas. Cardoso queria a todo custo acabar com os resquícios desse período, não só privatizando estatais a preço de banana, como também flexibilizando a legislação trabalhista. Neste caso, não teve força política. Hoje, alguns empresários que se consideram modernos e têm muito espaço na mídia continuam a pressionar no sentido de alcançar o objetivo contra os trabalhadores.

Vargas, mesmo não sendo de esquerda, teve um destacado posicionamento antiimperialista, como demonstra a sua carta-testamento divulgada logo após o suicídio em 24 da agosto de 1954, provocado pela direita então conhecida como entreguista. Getúlio na ocasião não foi entendido por alguns setores que se consideravam revolucionários.

Muitos historiados e mesmo agrupamentos políticos de esquerda absorveram algumas teses antigetulistas da direita, chefiada na ocasião por Carlos Lacerda, o baluarte do partido União Democrática Nacional (UDN), que de democrático tinha apenas o nome, pois seus integrantes viviam conspirando nos quartéis pregando a quebra da ordem constitucional.

Para ser ter uma idéia de como algumas cabeças se deixaram enredar pelo linchamento de Vargas promovido pela mídia conservadora, naquele fatídico 24 de agosto de 1954, a manchete golpista do jornal Imprensa Popular, do Partido Comunista Brasileiro, repetia a da Tribuna da Imprensa, então de propriedade do famigerado Lacerda. Resultado: o povo nas ruas reagiu empastelando a Tribuna da Imprensa e a Imprensa Popular, para não falar das viaturas incendiadas da rádio Globo, de propriedade de Roberto Marinho.”
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