Menos igreja, mais striptease

Rodrigo Manzano, Portal Imprensa

“Enquanto os jornais acreditarem que podem emitir juízo sobre a igreja, a igreja nunca nos deixará viver livremente nossas vidas. Durante dias, temos assistido a um estéril debate sobre a excomunhão dos médicos e da mãe da menina de nove anos que, estuprada pelo padrasto, esperava dois filhos e submeteu-se a uma cirurgia abortiva, respaldada pela lei. Ainda horrorizados, ouvimos o religioso argumentar que a excomunhão é legítima e que o aborto é mais grave que o estupro, por isso a punição aos médicos e não ao padrasto, autor da barbárie. Então, de repente todos nós nos sentimos um pouco versados nos assuntos de Deus. E, debaixo do nojo, nada nos resta a fazer quando o real se sobrepõe assim, dessa maneira.

O que nós não entendemos é que os jornais não deveriam tratar dos assuntos de Deus e da igreja. A igreja tem o direito de tomar as decisões respaldadas pelas suas crenças, pelos seus códigos, pelos seus ideais. Esse é um assunto dos religiosos e a relação que estabelece com os seus fiéis não nos compete. A religião deve ser objeto de debate público apenas quando ela mesma infringe a lei, o que não é o caso. A igreja não deseja mais comungar com os médicos. Está bem.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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