O mundo como ele realmente é

Cris Ambrósio, Digestivo cultural

Nada mais perigoso do que generalizações, mas talvez seja possível dizer que a maioria esmagadora dos ratos de bibliotecas, frequentadores de sebos, leitores da McSweeney's e da Granta, enfim, dos obcecados por livros em geral, devem esse amor ao contato constante com a literatura desde quando eram crianças. Com essa relação que nada diz respeito ao clima de obrigatoriedade dos anos escolares ainda por vir, o hábito da leitura evolui e torna-se parte da pessoa.

Eventualmente, essa pessoa provavelmente irá se acostumar com enredos metafóricos, parabólicos e difíceis. E também estará perfeitamente habituada a criar as mais diversas interpretações para esses livros tão complicados, tão adultos. Quem sabe o consolo para tanta intelectualidade cansativa seja a memória de tempos inocentes nos quais se lia coisas com figuras coloridas de traços delicados, palavras fáceis e histórias simples.

É de se imaginar o choque em saber que a inocência que deveria estar presente nesses livros, ou pelo menos em alguns deles, não existia. Eu senti um exemplo disso recentemente, em razão de uma exposição montada no Morgan Library & Museum, em Nova York, sobre a confecção dos desenhos da famosa série Babar, criada por Jean e Cecile de Brunhoff. Várias matérias foram publicadas e a ficha acidentalmente caiu.”
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