Muito além do chocolate

Marina Silva, Terra Magazine

“Contardo Caligaris, numa entrevista memorável à revista Primeira Leitura (maio de 2006), diz que o exercício da subjetividade é muito cansativo. Ser indivíduo, ele afirma, é um negócio complicado, pesado, e há uma tendência perigosa a se renunciar à individualidade e de se tornar instrumento de um funcionamento coletivo.

Por que estou citando Caligaris e o que isso tem a ver com o chocolate do título? Porque àquele finalzinho saboroso dos ovos de Páscoa, dos quais ainda nem demos conta totalmente, quero acrescentar uma reflexão motivada pela data.

Caligaris associa a origem do individualismo moderno ao cristianismo, no qual a relação com Deus é do foro íntimo de cada um. Independe do pertencimento a nação, grupo familiar ou condição social.
Ao mesmo tempo em que está profundamente vinculado à escolha do indivíduo, o Deus do cristianismo é também universal. A Páscoa, tanto a judaica quanto a cristã, fala de superação, de passagem de uma situação a outra. Para os cristãos, o sentido da passagem é marcado pelo sacrifício de Jesus, para salvação da humanidade. Um ato supremo de renúncia de si mesmo, transmutado em gesto de amor.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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