Paulo Costa Lima, Terra Magazine
“Goethe sabia das coisas. Colocou essa belíssima frase na boca do seu personagem demoníaco - Mefistófeles - só que rimando, e em alemão*.
E hoje a recomendação do diabo está na ordem do dia em todos os cantos, principalmente na internet.
Tem valor especial quando aplicada aos personagens políticos - de quem tanto dependemos - e seus intermináveis discursos. Imagine se as casas legislativas de todo o mundo colocassem essa insígnia em seus plenários...
Mas também se aplica ao fazer artístico com igual relevância. O que dizer das óperas?
Fico admirando a imagem de um juízo final montado como um grande resumo de tudo, lembrando uma espécie de 'vale a pena ver de novo', ou BBB total.
Seria (ou será) fantástico. Assistir tudo que importa da vida humana numa única sessão. Pelo menos podemos ter esperança de que a ótica da narração não será a mesma dos filmes americanos.
Vale lembrar que naquela cena de julgamento divino no 'Auto da Compadecida' de Suassuna, Jesus é negro. E sua visão não é a dos senhores do nordeste. Há esperança.
Lembro de pelo menos dois criadores que reconstruíram essa imagem da visão ciclópica final: Machado de Assis no fantástico delírio de Brás Cubas, e Raul Seixas em 'Eu nasci há dez mil anos atrás'. Ambos deliciosos.”
Artigo Completo, ::Aqui::
“Goethe sabia das coisas. Colocou essa belíssima frase na boca do seu personagem demoníaco - Mefistófeles - só que rimando, e em alemão*.
E hoje a recomendação do diabo está na ordem do dia em todos os cantos, principalmente na internet.
Tem valor especial quando aplicada aos personagens políticos - de quem tanto dependemos - e seus intermináveis discursos. Imagine se as casas legislativas de todo o mundo colocassem essa insígnia em seus plenários...
Mas também se aplica ao fazer artístico com igual relevância. O que dizer das óperas?
Fico admirando a imagem de um juízo final montado como um grande resumo de tudo, lembrando uma espécie de 'vale a pena ver de novo', ou BBB total.
Seria (ou será) fantástico. Assistir tudo que importa da vida humana numa única sessão. Pelo menos podemos ter esperança de que a ótica da narração não será a mesma dos filmes americanos.
Vale lembrar que naquela cena de julgamento divino no 'Auto da Compadecida' de Suassuna, Jesus é negro. E sua visão não é a dos senhores do nordeste. Há esperança.
Lembro de pelo menos dois criadores que reconstruíram essa imagem da visão ciclópica final: Machado de Assis no fantástico delírio de Brás Cubas, e Raul Seixas em 'Eu nasci há dez mil anos atrás'. Ambos deliciosos.”
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