Jovens da periferia relembram morte de 493 pessoas em São Paulo



Pelo terceiro ano consecutivo, jovens da periferia realizam protesto em memória ao episódio conhecido como “crimes de maio”, que vitimou 493 pessoas, maioria jovens. Haverá um varal gigante no viaduto com 493 camisetas que lembram as vitimas, os jovens que morrem “anonimamente” na periferia e as propostas de mortes feitas para a juventude, como a redução da maioridade penal. Ato ocorre nesta quarta-feira (20), em São Paulo.

Redação, Carta Maior

No mês em que volta à pauta do Senado a proposta de redução da maioridade penal, jovens de diversos cantos das periferias da cidade de São Paulo realizarão, nesta quarta-feira, 20 de maio, as 18 horas, em frente ao prédio sede da Prefeitura – Viaduto do Chá, um Ato em defesa da Vida e em protesto às 493 mortes do episódio conhecido como “Crimes de Maio”, ocorrido em 2006, quando uma onda de ataques do crime organizado provocou uma guerra, vitimando sobretudo jovens (96,3% das vítimas eram pessoas entre 21 e 31 anos segundo o CREMESP).

Haverá um varal gigante no viaduto com 493 camisetas que lembram as vitimas, os jovens que morrem “anonimamente” na periferia e as propostas de mortes feitas para a juventude, como a redução da maioridade penal.

Parentes das vítimas, membros de organizações e movimentos sociais estarão no Ato. Espera-se também a presença de autoridades, que já foram informadas do Ato Público.

Uma carta aberta e um manifesto (disponibilizados em www.comunidadecidada.org.br) foram entregues a diversas autoridades do poder público (prefeito, governador, presidentes da assembléia legislativa e câmara municipal e todas as lideranças partidárias).

Flávio Munhoz, presidente da Comunidade Cidadã, umas das organizadoras do Ato, lembra que “já se passaram três anos do episódio e nenhuma medida concreta foi adotada para impedir que o crime organizado recrute, como ”mão de obra barata”, jovens da periferia como soldados desta guerra”. De acordo com o Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), apenas 20 mortes foram esclarecidas, a maioria de agentes do Estado, como policiais e bombeiros. Até junho de 2007, outros 36 casos tinham sido arquivados.”
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