Como se fabricam notícias e opiniões

Selvino Heck, Adital

“Aproveitei o semi-feriadão de Corpus Christi para ouvir os noticiários televisivos. Principal assunto: as eleições no Irã (antiga Pérsia), com vitória expressiva de Mohammad Ahmadinejad, as supostas fraudes ocorridas e as manifestações da oposição inconformada com os resultados.

Comento que é preciso ver com extremo cuidado as notícias e reportagens, todas iguais em todos os canais. Já me chamara a atenção o noticiário pré-eleitoral, quando o candidato da oposição, e sua mulher eram sempre exaltados e o atual presidente demonizado. Tudo tinha um cheiro de já visto ou semelhante a tantos outros acontecimentos internacionais, em que só uma voz era ouvida e uma versão difundida.

Volto a Brasília, acesso a Internet e leio no blog de Luis Nassif o relato de Marcus Netto: "Empresário, cheguei ontem do Irã. Dez dias em Teerã, Qom, Yazdi, Shiraz e Ishafan. Fui hóspede na casa de fornecedores da típica classe média e alta iraniana. Assisti aos debates de TV com eles. Em função da minha profissão, visitei indústrias onde perguntei livremente operários, taxistas, pequenos comerciantes e populares em cafés. Todos, quase sem exceção, declaram voto em Ahmadinejad. Os empresários é que financiaram a oposição. É preciso reconhecer os fatos sem paixões.

Presenciei pessoalmente a total liberdade da população em se manifestar. Diariamente, após as orações da noite, por volta das 22h, massas de jovens, estudantes faziam manifestações barulhentas nas cidades que visitei. Sem nenhuma repressão. Chamou-me a atenção a caríssima campanha do líder da oposição, M. Mousavi. Folhetos coloridos em tamanho A4 e A3 eram distribuídos aos motoristas aos milhares.”
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