Opus Dei ataca homossexuais e os jornais dizem amém

Leandro Colling, Observatório da Imprensa

"No dia 1º de junho, os jornais A Tarde, O Globo, Estado de S. Paulo e Gazeta do Povo publicaram um texto do jornalista e professor Carlos Alberto Di Franco que ataca as políticas públicas para o combate à homofobia no Brasil. Imediatamente, redigi e enviei para os mesmos jornais um texto para rebater Di Franco. Apenas o Estadão publicou o texto, na sua página na internet. A Gazeta informou que preferiu publicar um texto de Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Os demais nada informaram.

Ironicamente, Di Franco diz que se o Conselho Federal de Jornalismo tivesse sido criado, ele "certamente" não poderia publicar o seu artigo. Este caso mostra, mais uma vez, que quem não pode publicar os seus artigos são aqueles que contrariam os textos publicados nos jornais brasileiros. Por isso, resolvi enviar o meu texto para este Observatório, depois de esperar 20 dias pela sua publicação nos jornais.

Outra informação relevante é a de que Di Franco, como representante no Brasil da Universidade de Navarra, presta ou prestou assessoria a vários jornais brasileiros, inclusive para aqueles que publicaram seu texto claramente homofóbico (ver http://www.consultoradifranco.com/index.php?page=carlos-alberto-di-franco). A revista Época informa que ele já treinou mais de 200 editores brasileiros. Talvez por isso não devamos estranhar a qualidade de nossos periódicos na atualidade. Também fico a imaginar o que esse professor de ética está ensinando aos seus alunos. Seria ele mais ético se assinasse seus textos como representante da Opus Dei no Brasil. Mas como ele disse, em entrevista para Época, isso não acrescentaria nada aos seus textos. Eis meu texto, seguido do de Di Franco, o virgem celibatário que usa cilício duas horas por dia (ver http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1106784-1664-9,00.html).”
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