Tua beleza é um avião

José Inácio Werneck, Direto da Redação

“Sou veterano em jornadas aéreas. Entre outras peripécias, já estive (na mesma viagem, em 1965) em um avião que fez um pouso de emergência, fora da pista, no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, e outro que voltou a Roma, quando já se aproximava de Dacar, porque um dos motores começou a emitir chamas. No ano anterior, choveu dentro de um avião da Línhas Aéreas Paraguaias em que eu me deslocava de Assunção para o Rio de Janeiro.

Em todas, mantive-me olímpico e indiferente, confiante em que viagens de avião, como afirmam as estatísticas, são mais seguras do que cruzar de uma calçada a outra na Avenida Rio Branco. Como dizia um amigo, há muitos anos, quando atavessávamos uma rua no Rio e um lotação dobrou a esquina: “Rápido, porque ele já nos viu”.

Mas tudo isto aconteceu numa época em que não se falava em terrorismo e conspirações. Agora é forçoso reconhecer que aviões que nunca caíram estão caindo com incômoda frequência e, ou deixam o respeitável público em suspenso (seria melhor que as aeronaves tivessem se mantido suspensas) quanto às causas ou suas quedas revelam espantosa negligência das empresas aéreas, incompetência das autoridades públicas responsáveis ou lamentáveis falhas humanas da tripulação.

Até hoje não há explicações sobre a queda do Egypt Air 990, que levantou vôo de Nova York em outubro de 1999, com destino a Cairo, e caiu no Atlântico Norte. As teorias vão desde o suicídio do co-piloto, que teria resolvido arrastar consigo outras 215 pessoas, até um ataque de míssil pelo governo de Israel, com a cumplicidade dos americanos, porque o avião tinha 32 militares egípcios a bordo (o que, por sinal, contrariava normas do Estado-Maior de Cairo).”
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