Um outro jornalismo é possível

Mário Augusto Jakobsdkind, direto da Redação

“E caiu a exigência do diploma para o exercício profissional de jornalista. A decisão do Supremo Tribunal Federal foi de goleada, 8 a 1, a favor do que o patronato vinha exigindo há anos. Assim, os ministros da instância máxima da Justiça brasileira decretaram o fim do preceito que já estava em vigor há 40 anos e que desde 1918 jornalistas reunidos no I Congresso da categoria defendiam a necessidade de formação universitária para o exercício profissional, chegando a aprovar uma possível grade curricular do curso de jornalismo.

Portanto, é sofisma para enganar os incautos argumentar que a lei que dispôs sobre a exigência do diploma não passava de um “entulho da ditadura”. Esqueceram de dizer, que mesmo sob o jugo de uma ditadura cruel, apoiada em grande escala pela mídia hegemônica, o país não deixou de existir e não necessariamente todas as leis baixadas restringiam a liberdade.

Mas a maior hipocrisia dessa história toda é ver o canal de televisão de maior audiência, a Globo, saudar a decisão do STF, inclusive em nota oficial, e colocar na berlinda a figura de Gilmar Mendes, o relator da matéria sobre o diploma. E vejam os leitores, a TV Globo falando que “cai mais um resquício da ditadura”, é mesmo muita hipocrisia.

Curioso, os representantes do patronato - Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) – ao aplaudirem a decisão usaram os mesmos argumentos do relator Gilmar Mendes. Esses senhores são os primeiros a pressionar o Congresso, o Executivo e o Judiciário quando têm interesse em decisões favoráveis aos seus desígnios. Tem sido assim ao longo da história.

A mídia hegemônica que pratica o jornalismo de mercado não dá uma linha para contar as histórias (no plural mesmo, porque são muitas) sobre Gilmar Mendes, que virou ministro graças ao padrinho Fernando Henrique Cardoso.”
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