O Dilema de Marina

Mair Pena Neto, Direto da Redação

“A senadora Marina Silva, tradicional quadro do PT, que mudou-se recentemente para o PV e cogita ser candidata à Presidência da República em 2010, tem um enorme desafio pela frente. Como conciliar sua visão política e ecológica do desenvolvimento do Brasil à aliança dos verdes com as forças neoliberais do país?

Essa dicotomia entre Marina e o partido a que se filiou, e, sobretudo, a seus aliados nacionais, ficou evidente na opinião da senadora sobre a CPI do MST, estimulada por DEM e PSDB, parceiros do PV no projeto nacional. Profunda conhecedora das questões da terra, Marina defendeu que a CPI não se limitasse a repasses do governo a entidades que lutam pela reforma agrária, mas que tratasse da questão fundiária no país em todos os seus aspectos.

Essa visão mais profunda incluiria, naturalmente, grilagem de terras, índices de produtividade, assassinatos no campo e o próprio modelo agrícola do país, o que não interessa aos ruralistas, abrigados principalmente nos partidos aliados ao PV.

Seringueira e defensora de um modelo de desenvolvimento sustentável, condição que a levou a romper com o partido de toda a vida por temer um desenvolvimentismo predatório, Marina não teria como compactuar com ruralistas, responsáveis pelo desmatamento que corresponde a mais da metade das emissões de carbono do país. Tampouco poderia estar ao lado da agropecuária, segunda atividade que mais contribui para o aquecimento global no Brasil.”
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