Para que se conheça quem foram Lamarca e Zequinha Barreto

Eduardo Sá, Fazendo Media

“Para entender a importância do evento é preciso conhecer o seu propósito: resgatar a memória dos militantes Carlos Lamarca e Zequinha Barreto, além daqueles que sofreram no processo de resistência na região. Muitos deles morreram e foram torturados. Tentaram emplacar um movimento a partir da guerrilha do campo para a cidade, contra a ditadura militar instalada no Brasil em meados da década de 60.

O primeiro a escrever sobre essa história foi Emiliano José, jornalista co-autor de Lamarca – o capitão da guerrilha, hoje deputado federal pelo PT da Bahia. Emiliano também participou do evento. Na obra, ele descreve a trajetória de Lamarca, desde seu ingresso no exército militar aos 17 anos, quando chegou a atingir a patente de capitão, até sua morte.

Lamarca era um oficial exemplar, mas se deparava com o dilema de estar, em tese, a serviço do povo brasileiro e, na prática, tendo que oprimí-lo. Em 1960, declarado oficial-aspirante, foi designado para servir em São Paulo, no 4º Regimento de Infantaria, em Quintaúna, Osasco. Nessa época, já observava as movimentações comunistas dentro dos quartéis. Em 1962, ocorre um marco: serve pelas forças da ONU na ocupação do Canal de Suez, Oriente Médio. Nessa viagem, toma “maior consciência da pobreza” e acaba se rebelando anos à frente.

Toda sua teoria, acumulada em leituras, passaram à prática. Em 1964, promove a fuga do capitão da aeronáutica Alfredo Ribeiro Dandt, acusado de atividades subversivas. Num ambiente cada vez mais desagradável com a oficialidade, parte para Quitaúna, em Osasco, novamente. Em 1969, já envolvido com movimentos revolucionários, principalmente com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), rouba do quartel armas e munições para a resistência à ditadura, indo para a clandestinidade com a guerrilha em mente.”
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