O poeta de vestidinho vermelho

Eberth Vêncio, Revista Bula

“Eliosvaldo Neves é um poeta medíocre, mas teve uma idéia genial. Ele finalmente sacou que a sociedade, berço de toda hipocrisia, cultua o podre como se fora o suprassumo da intelectualidade. Apesar do Q. I. limítrofe com a idiotice, ele assim concluiu ao ver pela televisão (Eliosvaldo quase não lê jornais e livros...) a notícia da universitária safadinha que quase foi apedrejada pelos colegas dentro da faculdade por ter comparecido à aula trajando um vestidinho vermelho colado ao seu corpinho gorducho. A pergunta que não cessa: seria a sua calcinha também vermelha?!

Não bastasse o tumulto proporcionado pela fogosa e pelos universitários hipócrita-excitados, a diretoria julgou que seria justo e urgente banir a falsa loira do seu plantel. Eu soube que eles retroagiram na decisão, preocupados com os processos judiciais que certamente pipocariam, garantindo assim alguma grana à protagonista e seu astuto advogado.

Antenado às raras oportunidades para aparecer na fita e mostrar o seu “trabalho”, Eliosvaldo entendeu que, protagonizando uma cena tosca no local certo e na hora certa, certamente a sua poesia viria à tona e o mundo tomaria conhecimento da sua existência, mais ainda, da genialidade e pujança da sua obra (cocô) poética. Teimando com literatura em Goiás tem muito tempo, o dublê de poeta se sentia injustiçado pela comunidade e humilhado pelos demais escritores, intelectuais do pedaço que ele considerava uma verdadeira “panelinha”.
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