Quem espera sempre alcança?

Maria Clara Lucchetti Bingemer, Adital

“A esperança é o tema por excelência deste tempo que antecede o Natal. O próprio nome já diz: Advento. Advento inspira pensar no que vem e, portanto, no que é esperado. Olhos postos na vinda do esperado, a humanidade deseja e suspira, e a Igreja celebra e se prepara pela oração e pela penitência.

Esperar é preciso, nos diz o tempo litúrgico e a profundidade de nossos afetos. Mas quem espera deseja alcançar o que espera. E quem espera... alcança sempre? Ou pelo menos às vezes? Inspirados pela canção de Gilberto Gil, afirmamos: "Quem espera sempre alcança/ Três vezes salve a esperança" recordando a inesquecível interpretação de Elis e Jair Rodrigues.

Os recentes episódios dos exames de ingresso no ensino superior no Brasil -notadamente os lamentáveis ocorridos com o ENEM- nos dizem, por um lado, como o esperar move mentes e corações e, por outro, como o defraudar da espera pode ser prejudicial e daninho para toda uma geração que apostara em um exame a partir do qual enxergava a construção de seu futuro profissional e que determinaria todo o desenrolar de sua vida.

Quem já terminou o segundo grau e fez o famigerado vestibular sabe toda a carga de expectativa que é posta naquela prova que funciona como um gargalo para as instituições de ensino superior brasileiras. São muitos milhares e mesmo milhões de jovens que passam muitas horas sob um sol causticante, em lugares absolutamente desconfortáveis, apostando na esperança de ingressar na universidade e iniciar o percurso em direção a um futuro melhor.”
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