O homem só

José Pedro Goulart, Terra Magazine

“As histórias se resumem basicamente no que os dramaturgos chamam de "a jornada do herói" , ou seja, a busca do personagem principal (o qual nos identificamos) por algo.

O herói não é necessariamente alguém acima de qualquer suspeita. Basta que ele, ou ela, esteja determinado em obter algo que faça sentido. Nesse caso é permitido roubar um banco, matar, ou em último caso entrar para a política.

Muitas vezes os heróis se alimentam da contraposição ao sistema. De enfrentar a mediocridade reinante. Em última análise, resistir. Eles não precisam triunfar, basta que as soluções fiquem claras.

George Clooney leva a vida sem objetivos épicos em "Up in the air". No máximo quer o recorde em acúmulo de milhagem. E também divaga que a felicidade está em não ter âncoras - filhos, família, um lar.

Isso faz de Clooney um anarquista no filme? Não, ele está sempre de gravata. Um cínico talvez? Também não, o cinismo anda fora de moda, é autoindulgente. Quem sabe desespero? Descartado. Desespero denotaria alguma euforia, apontaria para um inimigo claro a ser combatido.

Na verdade, Clooney é um personagem dos tempos atuais, um sujeito em desencanto.”
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