Especialista aponta estagnação do mercado editorial brasileiro

Flávia Albuquerque, Agência Brasil

“O setor editorial brasileiro vende cerca de 330 milhões de exemplares por ano, com faturamento de R$ 3,3 bilhões, mas não tem crescido desde 2004, segundo dados de 2008 apresentados pela professora do departamento de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) Leda Paulani que participou de evento promovido pela Associação Brasileira de Indústria Gráfica hoje (18), em São Paulo.

Segundo ela, o setor editorial também foi atingido pela crise. Apenas as vendas para o governo, um quarto de tudo o que é vendido, não foram afetadas por serem compras planejadas. “O restante do mercado foi afetado e eu acredito que este não ano teremos crescimento no setor. Mas isso vem acontecendo desde 2004”, disse a pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Ela informou que o levantamento sobre o desempenho do mercado editorial no ano de 2009 ainda não foi concluído.

De acordo com a pesquisadora, a estagnação do mercado ocorre porque a economia brasileira estava crescendo pouco e porque a população não tem o hábito de adquirir livros. “As pessoas quando tem uma renda a mais não vão comprar livro, compram outros tipos de bens”.

Leda afirmou ainda que o setor editorial no Brasil é muito pequeno quando comparado à economia o que, segundo ela, indica que há espaço para crescimento, fato que depende de mudanças culturais.
A pesquisadora explicou que a tendência é que parte do mercado seja substituído por livros eletrônicos, mas de forma gradativa. Isso, entretanto, não provocará uma transformação grande no setor. “É um processo que já está em curso. É possível baixar livros pela internet há algum tempo.”

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