Desistam dos Estados Unidos

Eliakim Araujo, Direto da Redação

“A narrativa do equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla (foto), um dos dois sobreviventes do massacre de Tamaulipas, no México, impressiona pela crueldade e sangue frio dos assassinos. Entretanto, mais grave do que a chacina, o que transparece é a ineficiência e/ou incompetência da politica de segurança do governo mexicano em lidar com o problema. Estima-se em 28 mil o número de mortos na guerra do narcotráfico desde a posse do presidente Felipe Calderon, em 2007.

No vídeo gravado a bordo do avião que o levava de volta a seu país, e divulgado fartamente pela rede de TV estatal do Equador, Pomavilla adverte seus compatriotas para que não tentem chegar aos Estados Unidos através da fronteira mexicana porque os narcotraficantes não deixam, matam.

Em seu depoimento, o equatoriano conta que para chegar à fronteira dos EUA ele fez um longo caminho que passou por Honduras, Guatemala até chegar ao norte do México. No sábado a noite, continua o equatoriano, o grupo foi cercado por três carros dos quais sairam oito homens bem armados que os colocaram em outros veículos. Daí foram levados para uma casa onde foram amarrados em grupos de quatro pessoas com as mãos para trás e deitados de barriga para baixo.

Daí em diante começa o fuzilamento que terminou com a morte de 72 migrantes, inclusive dois brasileiros. Pomavilla recebeu uma bala na nuca que saiu pela boca e milagrosamente escapou. Ele se fingiu de morto e só se levantou quando percebeu que os homens tinham ido embora. Mesmo ferido, caminhou durante toda noite até encontrar os militares mexicanos que o levaram a um hospital. Na fuga encontrou o hondurenho que também tinha escapado e não estava ferido.
Perguntado pela razões da matança, ele contou que os homens não pediram nada, apenas perguntaram "querem trabalhar conosco?" Como ninguém aceitasse, eles nada disseram, simplesmente começaram o massacre.”
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