Direita x esquerda: assunto encerrado?

Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação

"No clima das eleições, escolho como assunto do nosso encontro aqui no DR um tema que acredito venha bem a propósito. Estará realmente extinta, como instrumento de orientação na política, a clássica divisão entre esquerda e direita?

As palavras “direita” e “esquerda” , sabemos, surgiram na ambiência da Revolução Francesa e continuam a fazer parte das crônicas políticas nos dias de hoje, mas há severos críticos que lhes negam validade, argumentando que a complexidade que as sociedades atuais revelam não permite mais essa redução , tida como maniqueísta e, hoje, sem razão de ser. Direita e esquerda não mais existiriam como tais porque estariam superadas as diferenças que justificariam os termos, tendo como marco simbólico dessa superação, entre outros, a queda do Muro de Berlin.

Não sou um especialista em política. Minhas opiniões aqui são a de um ser político, não de um especialista. Vivencio a política como um cidadão atento e é nessa condição que, sem excessivas preocupações teóricas e usando o senso comum e, por que não dizer, o sentimento, coloco-me ao lado dos que não acham que essa distinção esteja sepultada, porque ela talvez seja da própria essência da política, transcendendo o ocasional e tendo a ver com algo que persegue o homem desde os seus inícios.

Creio que a caracterização da “esquerda” e da “direita” reflete a oposição, tão velha quanto o mundo, entre os que se empenham primordialmente pela igualdade entre os homens – porque acreditam que ela tem a ver com um problema social – e os que consideram a desigualdade uma coisa natural, intrínseca à essência da comunidade humana e, portanto, algo pelo qual não adianta lutar.”
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