A dor da perda

Leila Cordeiro, Direto da Redação

“Acho que a perda seja talvez o sentimento mais difícil de ser aceito pelo homem. Afinal todos nós nascemos para ser vencedores e perder qualquer coisa na vida, pode, muitas vezes, representar uma derrota . A perda tem muitas formas e nuances e representa, por exemplo, um demérito quando perdemos algo que nos faz sentir seguros, como um emprego, um cargo importante, o salário do mês e o poder de estar no controle de alguma situação. Ela só é irreversível quando não se está preparado para enfrentá-la, mas nos oferece uma volta por cima na medida em que cutuca nosso amor próprio e a capacidade que temos de enfrentá-la com dignidade e força de vontade.

A perda da juventude, por exemplo, torna-se um pesadelo quando tem que ser enfrentada por aqueles que não se conformam com os traços do tempo, indelevelmente, marcados no rosto. Não tem maquiagem, cirurgia ou qualquer outro artifício que apague as marcas da experiência, que nada mais são do que a prova da sabedoria de ter vivido por tanto tempo. Para os inconformados com a velocidade da ampulheta, perder o viço é como um castigo, uma provação. Para os que vêem muito além das frivolidades mundanas, é um aprendizado e a certeza de ter cumprido uma missão na vida.

Materializando a perda, não podemos deixar de citar, aquela que nos afasta de objetos pessoais que representam momentos importantes do passado, verdadeiras relíquias que também podem nos reportar a bons tempos ao lado de alguém que já se foi e nos deixou objetos de estimação. Parece supérfluo citar perdas materiais, mas elas podem significar muito mais do que apenas coisas, elas nos fazem sentir impotentes diante do que nunca mais vai se ter para usar ou relembrar o que nos foi tão importante.”
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