Os cidadãos estão cansados

Mauro Santayana, JB

“É quase certo que a abstenção crescerá no segundo turno. Sem a escolha de candidatos ao Congresso e, nos principais estados, sem a disputa para a chefia do governo local, a campanha tende a desmobilizar-se. A isso se acrescenta o cansaço de grande parte da cidadania. A campanha para o primeiro turno foi a mais morna de todas as realizadas desde a primeira redemocratização do Brasil, em 1945, e não despertou o entusiasmo popular.

Teve razão o senador eleito Itamar Franco ao recomendar a José Serra que deixe de obedecer a seus marqueteiros. Uma das grandes dificuldades do mundo de hoje está na terceirização das responsabilidades – e isso não ocorre apenas nas campanhas eleitorais. Os Estados Unidos contratam empresas para fazer as guerras, como ocorreu no Iraque e está ocorrendo no Afeganistão. Seus altos oficiais militares e civis, nesses dois países que invadiram, não são protegidos apenas por seus soldados, mas também por empresas privadas de segurança.

A grande indústria farmacêutica terceiriza a produção de medicamentos, e se repetem os casos de graves problemas com os remédios, quase sempre por ganância e negligência. Muitas vezes, os medicamentos não só são ineficazes, mas também prejudiciais à saúde dos pacientes.

Há algumas semanas, um dos mais eminentes ministros do Superior Tribunal de Justiça, seu atual presidente, Ari Pargendler, falava sobre a crise na magistratura, com a excessiva carga de trabalho, o que obrigava os juízes a confiarem a seus assessores, e até mesmo a estagiários, o exame dos processos e a consulta à jurisprudência, antes de seu estudo final e da sentença.”
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